O Ministério da Saúde decretou estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional em meio à necessidade de suprir a falta de assistência sanitária à saúde dos povos que residem na área Yanomami. O decreto, publicado na sexta-feira (20/01), em edição especial do Diário Oficial da União, foi assinado pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Além da declaração do estado de emergência, o Ministério também instituiu o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (Yanomami – COE) como sistema nacional de gestão organizada da resposta à emergência em nível nacional. A gestão do COE ficará a cargo da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), tendo em vista a natureza da emergência.
O COE é responsável por ministrar as respostas a serem aplicadas durante o período de emergência, incluindo a mobilização de recursos para restaurar os serviços de saúde e a juntura com os administradores responsáveis estaduais e municipais do SUS.

Situação grave na maior reserva indígena do Brasil
Desde segunda-feira (16), equipes do Ministério da Saúde estão na região Yanomami, área indígena com aproximadamente mais de 30,4 mil habitantes. O grupo encontrou crianças e idosos em grave estado de saúde, com severa desnutrição, além de vários casos de malária, infecções respiratórias agudas (IRA) e outros problemas.
Após a volta da missão, marcada para o dia 25, a equipe tem aproximadamente 15 dias para fazer um balanço completo da crítica situação de saúde dos indígenas. Os técnicos analisam a situação geral de saúde da área, dos serviços prestados e os insumos ao dispor.
Situação
O Ministério da Saúde montou nesta sexta (20/01), uma Sala de Situação para lidar com a grave crise humanitária e sanitária dos povos Yanomamis (indígenas). A Nísia Trindade (ministra da Saúde), destacou a dramática situação de desnutrição observada pelos agentes de saúde enviados às áreas indígenas, e informou sobre o envio de forma imediata de cestas básicas, materiais e medicamentos.